sábado, 29 de dezembro de 2012

Cansado de inventar vidas
como um ator que nunca morre
e quanto mais o tempo lhe agoniza
muito melhor o personagem

cansado de derramar sonhos
como cachoeira que nunca seca
e quanto mais a água lhe inflama
menos pedras lhe seguram

cansado de crer e descrer
no humano, na paz, no afeto
como quem nasce e renasce

liberto de tantas mortes.

2 comentários:

Anônimo disse...

como de hábito, te furto: http://vcamargojunior.blogspot.com.br/2012/12/cansado-de-inventar-vidas.html

um abraço, cara!

... disse...

Grande V. Valeu velho, forte abraço!