sábado, 29 de dezembro de 2012

O que fazes de torpe
não mata, só fere
o que proclamas em vão
nas amarras exatas do irreal
não mata, só fere
esse derramar
de vaidades insanas
semente da agonia vindoura
não mata, só fere
esse desejo incontido
de tudo controlar
com único sentido de nada
não mata, só fere
bem como o esforço
para acertar, por certo
incerto e efêmero
não mata, só fere
mesmo quando tua boa
disserta verdades de pedra
teu corpo desmente

e tudo isso
não mata, só fere

Um comentário:

Alexandre Vergara disse...

haja sensibilidade...Parabéns.