O que somos agora se não esse nos amontoarmos
uns sobre os outros nessas edificações que partem rumo ao céu
e parecem realmente atravessar o nada
se não esse nos arrastar pateticamente por entre convivas
roncos de animais metalizados, gases nocivos e luzes frenéticas
se não esse nos abismarmos cotidiano e religioso
em face de um novo sol que nos ameaça com a escuridão
e o que seremos num outro agora
se não a ressaca desse torpor que nos habita?
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