domingo, 19 de junho de 2011

Do sangue jorravam vícios
fragmentos de antepassados
agonias e humilhações ancestrais
escorriam calçada à fora
o sangue vermelho e sujo
de um deus desconhecido
carregado de uma vasta gama
de emoções e histórias sem fim
esvaia-se com tamanha liberdade
que coloria o crepúsculo aos convivas
todos os sonhos – realizáveis ou não
todas as horas de sobrevivência
todo chão e toda comida
toda urgência de uma vida
jorravam agonizantes ao espaço
e a energia da carcaça inerte
lançou-se sobre os tempos
errante e bela em sua magia infinita.

- Alguém me perguntou algo
preferi não responder.

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