O meu poema de versinhos tortos
cuspiu na cara das autoridades vigentes
fugiu da rima e se perdeu na esquina
em longos versos pela madrugada
o meu poema de inspiração já morta
cravou seus dentes no papel da história
e fez-se de louco ao sair voando
num fim de tarde, no tempo propício
o meu poema de inspiração tão torta
mau educado, inquieto, disperso no vento
cruzou teus olhos na entrada sonho
e quis fazer muito mais que cabia no momento
o meu poema de razão esparsa
em alquimias que eu mesmo invento
exposto em tintas, como se fosse arte
seguiu seu rumo sem nenhum tormento
Um comentário:
Parabéns pela dedicação à arte! Torno-me a partir de agora, leitora desse espaço! Abraços, Di.
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