segunda-feira, 13 de junho de 2011

O meu poema de versinhos tortos
cuspiu na cara das autoridades vigentes
fugiu da rima e se perdeu na esquina
em longos versos pela madrugada

o meu poema de inspiração já morta
cravou seus dentes no papel da história
e fez-se de louco ao sair voando
num fim de tarde, no tempo propício

o meu poema de inspiração tão torta
mau educado, inquieto, disperso no vento
cruzou teus olhos na entrada sonho
e quis fazer muito mais que cabia no momento

o meu poema de razão esparsa
em alquimias que eu mesmo invento
exposto em tintas, como se fosse arte
seguiu seu rumo sem nenhum tormento

Um comentário:

Ediane Oliveira disse...

Parabéns pela dedicação à arte! Torno-me a partir de agora, leitora desse espaço! Abraços, Di.