domingo, 19 de junho de 2011

Sou o breu que oculta muitas faces
a tormenta evidente por trás de olhos calmos
a avidez tardia dos falsos amantes
e a boa vontade alheia

o anseio desprovido de clareza
a insuficiência de paz
a louca nave útil
e a conquista vã, que poucos realizam

o meio para fins inócuos
a brincadeira que inventaram
a salvação dos despropósitos
e a risada depois da dor

o habitante do vácuo, no peito
a memória dos dias de luz
o esquecimento, que por certo, inexiste
e a desilusão exata de quem parte.

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